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6 Filmes de Terror da Nova Geração



A BRUXA (2016)


Sinopse: Na Nova Inglaterra do século XVII, o casal William e Katherine são expulsos com seus cinco filhos da comunidade religiosa em que vivem por conta da forma como vivem sua fé. Como alternativa a família passa a morar isoladamente próximo ao bosque, onde acabam sofrendo com a escassez de comida. Um dia o bebê da família desaparece, e enquanto buscam por respostas cada membro têm de encarar seus medos e pôr à prova suas crenças.


Opinião com spoilers: A Bruxa é o primeiro filme de Robert Eggers e foi produzido pela A24. O diretor demonstra sua habilidade de criar uma situação de tensão por meio da sugestão e da ambientação, sem precisar recorrer a cenas gráficas desnecessárias. Em A Bruxa você não se assustará com monstros sobrenaturais, sombras espreitando nos cantos ou lamentos do além túmulo. Aqui o medo vem do isolamento, da culpa pessoal e, surpreendentemente, da natureza, na figura do bosque e dos animais. Meu único ponto negativo com esse filme é a última cena, que pra mim é expositiva demais.

Aqui no site tem uma resenha completa sobre esse filme, recomendo que deem uma olhada: https://www.madruganalapa.com.br/post/a-bruxa.


Nota: 9,0

CORRA! (2017)


Sinopse: O fotógrafo Chris finalmente irá conhecer os pais de sua namorada caucasiana Rose. No entanto, Chris se mostra preocupado pelo fato de Rose não ter contato a eles que ele é negro. Apesar do receio do jovem a família de Rose o trata com excessivo carinho. E o que a princípio parecia uma forma dos Armitage lidar com o relacionamento de sua filha com um rapaz negro acaba se mostrando algo muito mais perturbador.


Opinião com spoilers: Já em seu primeiro filme Jordan Peele consegue criar uma obra de terror fora dos padrões do estilo. O mais interessante em Corra! não é a crítica racial que ele propõe, mas sim contra o diretor direciona essa crítica. Os vilões aqui não são os racistas clássicos, retratados de forma bronca e com seus discursos de superioridade, mas sim uma elite branca “progressista”, eleitores do Obama, que jamais se veriam como racistas mas que têm esses comportamentos profundamente enraizados em suas atitudes.

O ponto negativo para mim foram os momentos de alívio comico protagonizados por Lil Rel Howery, que apesar de ser um sujeito engraçado acabou quebrando um pouco o ritmo do filme. Daniel Kaluuya está muito bem, a cena em que ele é hipnotizado é a melhor do filme.


Nota: 7,5

HEREDITÁRIO (2018)


Sinopse: Após a morte da matriarca da família Graham sua filha Annie tenta lidar com os sentimentos sobre o acontecimento, enquanto precisa concluir seu trabalho para uma galeria de arte e ao mesmo cumprir com seu papel de mãe. Ao buscar ajuda em um grupo de apoio ela percebe que o infeliz destino que os Grahams sempre experimentaram pode ter explicações mais sombrias do que apenas a casualidade.


Opinião com spoilers: Esse filme dirigido por Ari Aster foi rapidamente aclamado pela crítica e pelo público como um dos melhores filmes de terror de todos os tempos. Pessoalmente creio que o filme peca no final ao explicar todo o enredo de forma muito expositiva, onde uma personagem literalmente verbaliza tudo o que já havia sido sugerido ao longo da obra.

De qualquer forma Aster aborda questões interessantes, como a sugestão de que nosso destino é controlado por agentes externos (analogias com as miniaturas), a maneira como o filme aborda o luto e as formas de se lidar com doenças mentais na família também merece destaque. Inclusive enquanto o filme mantinha essa dúvida entre o que é real e o que é delírio dos personagens ele conseguiu me prender mais. Destaque para a atuação da Toni Collette.


Nota: 7,5

MIDSOMMAR (2019)


Sinopse: Dani é uma jovem estudante de psicologia que sofre um grande trauma familiar. Então seu namorado Christian à convida para viajarem na companhia de colegas da universidade para uma comuna isolada no norte da Suécia onde um desses colegas nasceu. Lá eles poderão participar de uma celebração local pelo solstício de verão e conhecer o famoso sol da meia noite.


Opinião com spoilers: Apenas um ano após o lançamento de Hereditário Ari Aster emplaca seu segundo filme, que assim como o primeiro também foi produzido pela A24. Em Midsommar não temos o elemento sobrenatural presente em Hereditário, o que pessoalmente me fez achar esse filme mais interessante que o primeiro. Tão pouco temos personagens bons e maus, todos possuem comportamentos dúbios. Por exemplo, se por um lado Dani sofre com um relacionamento abusivo, mesmo que sem agressão física, o espectador também sente empatia por Christian visto que ao tentar agradar todo mundo ele não consegue viver plenamente sua própria vida.

O filme nos força ainda a olharmos para nossa própria cultura e suas especificidades com uma visão crítica. Será que o que consideramos como normal seria visto como bárbaro por uma outra sociedade? A obra é um pouco mais longa que o usual (2h27min) e algumas cenas são um tanto quanto gráficas demais (o “gore” é bem explícito aqui) o que pode incomodar alguns espetadores.


Nota: 8,5

NÓS (2019)


Sinopse: Em 1986 a jovem Adelaide passeia com os pais em um parque de diversões quando, ao entrar em uma casa de espelhos, sofre um trauma que a deixa muda durante anos. Já adulta, Adelaide viaja junto com o marido Gabe e seus filhos Umbrae e Pluto onde planejam passar um fim de semana relaxante na praia. No entanto, antigos pesadelos de Adelaide voltam para assombrar toda a família.


Opinião com spoilers: Assim como em Corra!, nesse segundo filme escrito e dirigido por Jordan Peele o diretor usa de metáforas para criticar a sociedade norte-americana. Aqui ele aborda os privilégios que determinadas classes detêm em detrimento de outras e como os privilegiados são responsáveis pelo sofrimento dos desfavorecidos mesmo quando nem sequer se dão conta da existência deles. O filme que começa como mais um do subgênero de “invasão domiciliar” se desenvolve para muito além disso, a tal ponto que a ameaça cresce em escala global.

Quanto as atuações achei o elenco bem melhor aqui do que em Corra!. Com destaque para Lupita Nyong’o que merecia uma indicação ao Oscar e Winston Duke que desconstrói a imagem de homem machão protetor da família.


Nota: 8,0

O Farol 2020


Sinopse: No final do século XIX o faroleiro Thomas Wake contrata o jovem Ephraim Winslow para ser seu ajudante. O rapaz então se vê preso a um trabalho estafante nessa pequena rocha no meio do oceano, quando até o acesso ao farol é proibido ao novato, que acaba tendo como únicas companhias, além do velho, as aves marítimas que possuem um comportamento agressivo contra ele sem razão.


Opinião com spoilers: Com apenas dois filmes Robert Eggers já é meu diretor favorito no gênero terror. A forma como ele retrata o isolamento e a convivência forçada e suas consequências na psiquê dos personagens é incrível. William Defoe deveria ao menos ter recebido uma indicação ao Oscar. Ele tem um monólogo que é minha cena favorita do filme. O Farol também já tem uma resenha aqui no site: https://www.madruganalapa.com.br/post/o-farol-resenha.


Nota: 9,0

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