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  • Foto do escritorBarbosa

Público no estádios em tempos de corona

Toda rodada de libertadores o tema de jogos recebendo público volta à tona. Isso porque a CONMEBOL liberou público com capacidade reduzida nos municípios que assim permitirem a partir das oitavas de final.


A mim parece que essa discussão ganhou uma conotação política (até porquê poucas coisas se misturam mais facilmente que futebol e política), onde, de forma geral, de um lado estão aqueles que tendem a ser a favor de medidas restritivas mais severas de combate à Covid, e do outro lado do espectro político os que acham que já é hora da vida voltar ao normal.


A simples sugestão de se discutir o tema costuma provocar a ira de ambos os lados, o que é péssimo, já que um dia os estádios vão voltar a receber públicos cada vez maiores e se não for algo planejado tende a ocorrer de forma atropelada e sem os devidos cuidados necessários.


Pessoalmente entendo que os estádios de futebol são ambientes abertos e arejados, sem dúvida mais parecidos com um parque do que com um shopping. Se restaurantes, bares, salões e cinemas já estão funcionando há tempos por que os estádios devem permanecer com seus portões cerrados?


Claro que o acesso não pode ser indiscriminado. Em outros ambientes basta uma medição da temperatura como forma de triagem, mas acho que, com o objetivo de dar um bom exemplo à outras esferas comerciais, a entrada dos torcedores só deveria ser permitida para vacinados com duas doses há pelo menos 15 dias e portando um teste negativo de Covid.


Além disso, de forma semelhante ao que acontece nos comércios, deveria ter alguma restrição de capacidade vinculada a metas de números de casos positivos, ocupação de leitos de UTI e mortes no município em questão. E só sendo permitida a permanência no estádio mediante uso de máscara e distanciamento entre os espectadores.


Não me venham dizer que isso é impossível de controlar, porque em determinados setores do Maracanã a segurança nunca deixou você assistir ao jogo de pé na escada, ou encostado no guarda-corpo de vidro. Quando querem eles conseguem dispersar as pessoas e fazer cumprir o certo.


Enfim, o futebol é um negócio como qualquer outro e os clubes estão sofrendo com seguidas quedas de receitas a um ano e meio. Acho que, como em tudo mais, esse é um tema que merece mais bom senso e debate do que opiniões irredutíveis.


Abraços

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